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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Parece que foi ontem




O ano passou voando. O segundo semestre então nem se fala! Quando se faz o que se gosta o tempo é implacável!Parece que foi ontem que fiz meu vestibular para gastronomia...

Eu já cozinhava informalmente havia muitos anos, mas a decisão de me profissionalizar naquilo que antes era só hobby demorou a acontecer. .
No final do ano passado, resolvi que era hora de tirar do freezer meu desejo de me aventurar em aprender realmene algo mais sobre aquilo que sempre me deu prazer;a cozinha e as aventuras nela.

A decisão não poderia ter sido mais feliz. Em primeiro lugar, porque eu estava muito a fim, claro, mas também porque o fato de sair de casa e voltar a conviver num ambiente universitário me deu vida nova!


O dia em que peguei meu enxoval do aluno, me senti como uma criança da pré escola com sua lista de material escolar. Dolmã, toque, facas, chaira entre outros estavam na lista de material básico que eu iria usar naquele semestre.A sacola do dia que saí às compras voltou pesada, mas o semestre passou leve, voando.

O primeiro semestre do curso,foi um semestre bem básico.Disciplinas como Nutrição e Segurança Alimentar fizeram parte do meu dia-a-dia.Também algumas noções de Logística de Suprimentos e outras de Layoput do Ambiente Gastronômico.Sem falar nas aulas de Português...rs Não! Não virei blogueira depois delas!

Mas o bom mesmo era esperar pela sexta-feira! Aula prática de cozinha!Uau!!!! E lá ia eu...me sentindo uma Roberta Sudbrack ou uma versão feminina do Claude Toisgros! Que eles não leiam isso!

Nas aulas de CPBA (Conhecimento e Preparo Básicos dos Alimentos) segurei uma faca de chef pela primeira vez. Claro que ganhei umas bolhas nos dedos ao buscar a excelência no corte de legumes! O meu grande objetivo de vida passou a ser conseguir segurar os legumes “com dedos de siri” para que, com a faca mega-ultra-super-afiada pilhas de legumes fossem transformados em montes de cubinhos minúsculos e uniformes.

Nas aulas de CPBA me senti emergindo das profundezas da ignorância total e passei a saber sobre a existência de fundos, sobre a diferença entre fundos e caldos e outras questões filosóficas primordiais.Molhos, sopas e legumes ganharam vida e alma quando aprendi que não só posso mas devo acrescentar os legumes em momentos diferentes durante a elaboração dos pratos e assim ter todos cozidos corretamente, com a “identidade” de cada um deles preservada. Sabe aquelas gororobas de bebê que não dá para saber do que são compostas? Passado, caro leitor... passado!

Com pouquinhas aulas passei a achar a própria chef revelação! Meu vocabulário mudou.Expressões como “dar uma refogada” foram substituídas saltear,branquear...

Com o decorrer das aulas as coisas ficaram sanguinárias... Meu professor se transformou num açougueiro-ninja zunindo uma faca pelos ares e transformando, em muito pouco tempo, pedaços indefinidos (para a gente, não para ele, é claro) em medalhões, tournedos, escalopes, paillard, emincé, rosbife etc.E eu tinha que repetir o grande feito. Hora de ficar mais humilde e retirar o auto-título de chef revelação e reconhecer que ainda resta muito chão pela frente!


Tive também que me preparar para fazer amizade com tentáculos! Tentáculos, polvos e ouras coisinhas esquesitas!

Aprendi técnicas e termos, ganhei intimidade com ingredientes e utensílios, coloquei idéias em ordem. Assim, nasceu em mim uma confiança que eu não tinha e, com ela, percebo que a minha postura na cozinha mudou: em casa, fazer o mis-en-place se tornou um ritual; escolher a panela certa para cada tipo de comida também é obrigatório; são muitas as minhas novas manias.

Se antes já tinha prazer em cozinhar, hoje não tenho dúvidas que essa é minha praia. Alguns utensílios tornaram-se indispensáveis para mim, como um bom fouet (batedor de arame), uma balança digital de precisão, a faca impecavelmente afiada, assadeiras de diversos formatos e tamanhos e mais um montão de outras quinquilharias das quais fiquei escrava, e que tornam o ato de cozinhar mais divertido e prático.

Quando o assunto são os ingredientes, a minha lista não é nada modesta. Só para citar alguns exemplos, aprendi a dar valor a pimenta-do-reino moída na hora, aposentei de uma vez por todas os cubos concentrados de caldo, muito salgados e artificiais. Caldos, ou melhor, fundos (o nome técnico) feitos em casa estão sempre no meu freezer; o trabalho de prepará-los (que não é grande) compensa e muito o ganho de sabor na comida. Parmesão de boa qualidade, e ralado na hora, também não pode faltar na minha geladeira. A mini-horta que plantei na janela do meu aparamento virou meu xodó e desde então a comida ganhou mais frescor com o aroma exalado pelas ervas. Tudo de bom!


E assim o semestre chegou ao fim. Mas a minha fome de aprender não. Até aqui, desvendei apenas uma pequenina fração de um universo tão instigante, especial e quase infinito que é o da gastronomia. Gostei da amostra; não quero parar, não; meu apetite é grande!

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